segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Conscientizar para globalizar

Resenha do livro

Capra, Fritjof. Conexões Ocultas – Berkeley: Editora Cultrix, 2002.

Resenha do capítulo 5 (p. 128 a 154)

No final do século XX nota-se o surgimento de uma concepção de mundo seguido por novas tecnologias, estruturas sociais, economia e cultura. Todas essas mudanças são denominadas “globalização”. A criação da OMC (Organização Mundial do Comércio) visou melhorar a economia, mas ignorou fatos que hoje são verídicos e até gritantes como a deterioração do meio ambiente, cada vez mais acelerada e uma pobreza cada vez maior. Nesta nova concepção, o capitalismo passa a ter atividades globais, a geração de conhecimento se torna fonte de competitividade e sua estrutura é em torno de fluxos financeiros, além de funcionar em tempo real (“just in time”).

Esta “economia em rede” transformou profundamente as relações sociais entre o capital e o trabalho, passando a existir uma realidade virtual antes não vista. Uma conseqüência direta disto é a exclusão social, pois o que não é de interesse econômico é simplesmente ignorado, além das perdas ambientais visto que “a expansão ilimitada num planeta finito só pode levar à catástrofe”. E como hoje “os recursos vão dos pobres para os ricos enquanto a poluição vai dos ricos para os pobres” só se agrava a situação dos países excluídos.

Ainda pode se constatar a influência dos meios de comunicação que se tornam mais diversificados simultaneamente a elevação do impacto, que causa através das empresas, na vida das pessoas.

Todas as conseqüências trazidas pela globalização, principalmente as negativas são vivenciadas e noticiadas em nosso dia-a-dia. O crime, que não é um fato novo, mas que nessas proporções atuais pode ser considerado um problema global. A degradação ambiental também, mas para essa já se nota uma certa preocupação voltada para projetos a fim de recuperar o que já se perdeu ou amenizar problemas ainda sem recuperação. Essas ações são de suma importância bem como a conscientização para que seja de conhecimento de todos de que nada adiantará uma economia desenvolvida se não poderemos aproveitá-la. Ou talvez até não consigamos chegar a um vasto desenvolvimento, pois para isso precisamos estar em conexão com o ambiente e vice-versa.



Efeitos culturais da globalização

Por ANTONIO INÁCIO ANDRIOLI
http://www.espacoacademico.com.br/026/26andrioli.htm


Resumo

Atualmente a globalização está em voga, mas no passado já houve essa intenção de unificação. Ela como está se apresentando não deveria ser denominada desta forma, visto que não engloba todos e sim, exclui muitos e privilegia alguns. Muitos países foram obrigados a se unir a essa evolução e como conseqüência ficaram endividados e cada vez mais dependentes.

Embora tenham sido desenvolvidos e disponibilizados mais meios de comunicação, presenciamos um crescente isolamento dos indivíduos, de forma que as alternativas de socialização têm sido, paradoxalmente, reduzidas. Ainda é perceptível a individualidade dos movimentos de luta como o feminismo, o movimento ambientalista.

Todas essas questões modificam a sociedade, fazendo com que cada vez mais se pense no local e se aumente a chance de um futuro cada vez menos humanizado.


Resenha crítica

Futuro da globalização

Nos textos anteriores é perceptível a preocupação com as atuais conseqüências de uma globalização desenfreada. Países cada vez mais distantes econômica e socialmente são os contrastes de nossa realidade.

Os autores concordam com a existência dos problemas atuais terem, por vezes, sido gerados ou acentuados pela globalização. Mas há discordância quanto ao futuro, enquanto Antônio Inácio Andrioli acredita que é mais provável um futuro desumano, com crescente ritmo da globalização, Fritjof Capra defende uma conscientização que poderá reverter esse quadro e mudá-lo de forma benéfica, principalmente ao meio ambiente.


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