quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Aspectos gerais da biotecnologia e novos conceitos para alcançar a sustentabilidade

Resenha do livro

Capra, Fritjof. Conexões Ocultas – Berkeley: Editora Cultrix, 2002.
Resenha do capítulo 6 e 7 (p. 154 a 256)





A Revolução da Informática utiliza-se da compreensão e o uso do conceito de redes, enquanto a engenharia genética baseia-se numa abordagem linear desconsiderando dessa forma, fatores indispensáveis de todas as funções biológicas. É preciso ver o organismo como um todo e não como um conjunto de genes, parando de agir de maneira indiscriminada, ignorando os riscos para garantir o lucro. Como na a agricultura sustentável ou agroecologia, onde a tecnologia é baseada no conhecimento ecológico. Um de seus usos é, por exemplo, plantar várias espécies de vegetais num esquema rotativo, de modo que os insetos atraídos por uma espécie desapareçam com a próxima, eliminando o uso de pesticidas. Nos últimos anos, passou-se a ter uma maior consciência dos problemas que foram e serão gerados.É cada vez mais notável que a biotecnologia está chegando a um ponto de mutação.
O atual modelo capitalista procurou transformar a diversidade em monocultura, a ecologia em engenharia e a própria vida numa mercadoria. Apesar de todos os esforços que vêm sendo feitos para assegurar uma melhoria ambiental, o que se perdeu não foi totalmente recuperado. Essa perda reduziu a biodiversidade no planeta e prejudicamos “ações naturais” como o processamento de resíduos, a regulação do clima e a regeneração da atmosfera que estão sendo postos em risco pela nossa busca de crescimento econômico e consumo material.
Essa forma de capitalismo global é insustentável e gera um círculo de degradação dos ecossistemas que não pode ser resolvido apenas com uma legislação mais rigorosa, uma atividade empresarial mais ética, uma tecnologia mais eficiente. Apesar de necessário, precisamos também de uma mudança mais profunda, mudar o princípio básico do capitalismo selvagem, aquele que passa por cima de tudo para garantir o lucro. Essa mudança já tem soluções técnicas e conceituais, falta valores e vontade política para que enfim possamos “virar o jogo”.



Matéria:



Elas têm a sustentabilidade no DNA



Por Juliana Lopes, da Revista Idéia Socioambiental http://www.biotecnologia.com.br/bionoticias/noticia.asp?id=3950

Resumo

Com a grande ‘explosão’ da sustentabilidade, estar por dentro desse assunto pode gerar vantagens, mas por ser uma atitude ainda pioneira é necessário pagar um preço. Segundo pesquisa encomendada pelo Sebrae à consultoria Schneider & Associados ocomércio justo cresce 20% ao ano, que é apenas um das possibilidades dentro dessa área.
Não se pode deixar de integrar os produtos e serviços com a estratégia da empresa, visando os consumidores que estão cada vez mais conscientes e com capacidade de diferenciar contribuição ambiental de mera propaganda. Ainda assim são muitas as vantagens que se pode obter, como melhor acesso a mercados mais seletivos e rigorosos, obtenção de um produto ou serviço com maior valor agregado e redução de gastos com multas, conflitos legais e descarte de resíduos.






Resenha crítica

Sustentabilidade com lucro



Os dois textos apresentam o valor da sustentabilidade de ângulos diferentes, mas complementares. Enquanto o primeiro preocupa-se com o ambiente e com todas as perdas que podemos ter em decorrência do mau uso de recursos naturais por causa da busca pelo lucro, o segundo aponta formas de se obter mais lucro seguindo formas ‘sadias’ em acordo com o que se busca com a sustentabilidade.
O equilíbrio entre os dois seria uma maneira duplamente benéfica para se resolver problemas ambientais e econômicos, sem que houvesse atitudes radicais ou prejudiciais para algum dos interessados. Seria talvez um novo modelo de capitalismo sustentável, se é que isso é possível.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Conscientizar para globalizar

Resenha do livro

Capra, Fritjof. Conexões Ocultas – Berkeley: Editora Cultrix, 2002.

Resenha do capítulo 5 (p. 128 a 154)

No final do século XX nota-se o surgimento de uma concepção de mundo seguido por novas tecnologias, estruturas sociais, economia e cultura. Todas essas mudanças são denominadas “globalização”. A criação da OMC (Organização Mundial do Comércio) visou melhorar a economia, mas ignorou fatos que hoje são verídicos e até gritantes como a deterioração do meio ambiente, cada vez mais acelerada e uma pobreza cada vez maior. Nesta nova concepção, o capitalismo passa a ter atividades globais, a geração de conhecimento se torna fonte de competitividade e sua estrutura é em torno de fluxos financeiros, além de funcionar em tempo real (“just in time”).

Esta “economia em rede” transformou profundamente as relações sociais entre o capital e o trabalho, passando a existir uma realidade virtual antes não vista. Uma conseqüência direta disto é a exclusão social, pois o que não é de interesse econômico é simplesmente ignorado, além das perdas ambientais visto que “a expansão ilimitada num planeta finito só pode levar à catástrofe”. E como hoje “os recursos vão dos pobres para os ricos enquanto a poluição vai dos ricos para os pobres” só se agrava a situação dos países excluídos.

Ainda pode se constatar a influência dos meios de comunicação que se tornam mais diversificados simultaneamente a elevação do impacto, que causa através das empresas, na vida das pessoas.

Todas as conseqüências trazidas pela globalização, principalmente as negativas são vivenciadas e noticiadas em nosso dia-a-dia. O crime, que não é um fato novo, mas que nessas proporções atuais pode ser considerado um problema global. A degradação ambiental também, mas para essa já se nota uma certa preocupação voltada para projetos a fim de recuperar o que já se perdeu ou amenizar problemas ainda sem recuperação. Essas ações são de suma importância bem como a conscientização para que seja de conhecimento de todos de que nada adiantará uma economia desenvolvida se não poderemos aproveitá-la. Ou talvez até não consigamos chegar a um vasto desenvolvimento, pois para isso precisamos estar em conexão com o ambiente e vice-versa.



Efeitos culturais da globalização

Por ANTONIO INÁCIO ANDRIOLI
http://www.espacoacademico.com.br/026/26andrioli.htm


Resumo

Atualmente a globalização está em voga, mas no passado já houve essa intenção de unificação. Ela como está se apresentando não deveria ser denominada desta forma, visto que não engloba todos e sim, exclui muitos e privilegia alguns. Muitos países foram obrigados a se unir a essa evolução e como conseqüência ficaram endividados e cada vez mais dependentes.

Embora tenham sido desenvolvidos e disponibilizados mais meios de comunicação, presenciamos um crescente isolamento dos indivíduos, de forma que as alternativas de socialização têm sido, paradoxalmente, reduzidas. Ainda é perceptível a individualidade dos movimentos de luta como o feminismo, o movimento ambientalista.

Todas essas questões modificam a sociedade, fazendo com que cada vez mais se pense no local e se aumente a chance de um futuro cada vez menos humanizado.


Resenha crítica

Futuro da globalização

Nos textos anteriores é perceptível a preocupação com as atuais conseqüências de uma globalização desenfreada. Países cada vez mais distantes econômica e socialmente são os contrastes de nossa realidade.

Os autores concordam com a existência dos problemas atuais terem, por vezes, sido gerados ou acentuados pela globalização. Mas há discordância quanto ao futuro, enquanto Antônio Inácio Andrioli acredita que é mais provável um futuro desumano, com crescente ritmo da globalização, Fritjof Capra defende uma conscientização que poderá reverter esse quadro e mudá-lo de forma benéfica, principalmente ao meio ambiente.


sábado, 27 de setembro de 2008

Simples desafios

Capra, Fritjof. Conexões Ocultas Berkeley: Editora Cultrix, 2002.

Resenha dos capítulos 3 e 4 (p. 75 a 128)

Simples desafios

Ao desenvolver uma estrutura teórica unificada e sistemática para a compreensão dos fenômenos biológicos e sociais o autor expõe três idéias sobre a natureza dos sistemas vivos. Correspondente ao estudo da forma, da matéria e do processo, essas perspectivas são básicas e fundamentais para este estudo. Conclui-se que a vida nunca se separa da matéria, mesmo que suas características por vezes, sejam imateriais.

Apesar de usar exemplos biológicos, como o metabolismo de uma célula, é entendido que a produção de estruturas materiais nas redes sociais é muito diferente. Mas para que se possa compreender essas atividades é necessário estudá-las a partir desse ponto de vista. Nesta análise sistêmica da realidade social a cultura é de suma importância, e entre tantos significados ela será “o sistema integrado de valores, crenças e regras de conduta adquiridas pelo convívio social e que determina e delimita quais são os comportamentos aceitos por uma dada sociedade”. O poder e a política também se apresentam em igualdade de importância, onde a política deve ser a arte de mediar os poderes, solucionando conflitos e gerando equilíbrio.

Todos esses conceitos são presenciados em empresas, onde atualmente se vive em grande apreensão. Como a maioria de pessoas não gosta de ser tratada como máquina, é necessário que os administradores saibam detalhes, entendam profundamente sobre aquilo que estão trabalhando. A partir dessas análises, podem-se projetar organizações empresariais ecologicamente sustentáveis, pois seus princípios básicos serão os mesmos da organização de qualquer ser-vivo. Aparentemente algo tão simples como esta observação, de sistemas milenares prontos para serem reproduzidos de maneira espetacular, se mostra desafiador diante uma atualidade que ignora os tantos benefícios que essa nova concepção poderia gerar.


Liderança : A arte da possibilidade

Tom Coelho, 07/07/2008

http://www.htmlstaff.org/xkurt/projetos/portaldoadmin/modules/news/article.php?storyid=1179

Resumo



Atualmente, muitos são os que investem em profissionais ou ex-profissionais de uma área específica para contribuir

com as empresas, principalmente a televisão. Como os ex-jogadores de determinado esporte que se tornam comentaristas das suas antigas modalidades.

A liderança se assemelha mais com a música do que com esporte, pois não há regras tão claras e maneiras de serem impostas como num jogo, por exemplo. Na música vemos o líder no papel do maestro, que é o único músico que não emite som, mas

que está sempre à frente, de presença indispensável.

O líder deve conduzir as pessoas em direção a uma mesma visão, levando-as até onde não iriam se estivessem sozinhas. Ao contrário da idéia errônea que muitos têm, quando os líderes omitem os acertos e expõem os erros, enquanto deveria acontecer o contrário. “Liderar não é verbo intransitivo. Se o líder está sozinho, ele não está liderando ninguém”.

Resenha

Entender para liderar

Os autores concordam quando entendem que a liderança não pode ser feita de maneira individual, que o coletivo é a prioridade. É ele que faz com que as coisas aconteçam.

Essa relação de dependência se apresenta nos dois textos, por muitas vezes a maioria não se dá conta dessa importância e se esquece que se não houvesse pessoas trabalhando não haveria também quem liderar, portanto o líder seria dispensável.

Fritjof Capra vai além, enquanto Tom Coelho relata essa dependência ressaltando a importância em termos gerais, de todos os que estão envolvidos em um trabalho, Capra busca no conhecimento biológico a solução para que se integre esse sistema, biológico e empresarial, e se torne viável uma melhoria, tanto do meio-ambiente, quanto das relações dentro das empresas.


sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Caminhos da evolução

Capra, Fritjof. Conexões Ocultas Berkeley: Editora Cultrix, 2002.

Resenha dos capítulos 1 e 2 (p. 12 a 74)

Caminhos da evolução

Para se compreender o que acontece com os seres vivos é necessário entender o que caracteriza um ser vivo. Através de diversos elementos como átomos, moléculas e processos químicos, podemos notar o quanto complexo é afirmar a vivência ou não de um ser, pois essa afirmativa abrange conceitos ainda desconhecidos.

Teorias como a da “Simbiogênese”, que postula a criação de novas formas de vida através de arranjos simbióticos permanentes como o principal caminho pelo qual evoluíram todos os organismos superiores são, de fato, imprescindíveis para uma ampla compreensão do que pode ser feito para obter um desenvolvimento sustentável. Como esse desenvolvimento engloba o ambiente e os seres que os habita, nada mais evidente que se estude os seres para que se possa melhorar a qualidade do ambiente.

Analisar a mente e a consciência, depois de saber as definições sobre seres vivos, é uma boa maneira de se prosseguir nesse estudo. Várias são as teorias sobre esse assunto, mais recentemente o estudo da mente desenvolveu-se e é chamado ciência da cognição, que transcende tradicionais estruturas da biologia, psicologia e epistemologia. Ainda no aspecto mental, o livro traz um exemplo de como o ser humano foi evoluindo e que muitas de suas características estão presentes em outros seres. Há o relato de uma experiência com chipanzés que demonstra a capacidade de animais se comunicarem, realçando a íntima relação dos animais. Como conseqüência podemos refletir sobre o que nossas ações podem causar no habitat desses animais, que tentam se defender, mas que nada podem fazer para que os humanos se conscientizem.O autor apresenta ainda teorias sobre mente encarnada, ou seja, só há mente se houver um corpo, matéria, reforçando a idéia de que mente não se trata de um assunto espiritual, ao contrário, concreto.

Todas as teorias são importantes para que se possa entender a fundamentação do assunto e compreendê-lo em maior amplitude. Assim pode-se alcançar a preservação da natureza e não de uma maneira superficial, ou até mesmo sem saber o por que, mas sim de uma forma aprofundada, com estudos elaborados e com base naquilo que fundamenta tudo isso: a vida.



Entenda as teorias sobre a origem e a evolução do homem

da Folha Online - 01/09/2008 http://www1.folha.uol.com.br/folha/publifolha/ult10037u358172.shtml


Lançamento de livro do autor David Burnie fala sobre adaptação, sobrevivência dos seres vivos no planeta e suas habilidades nas cavernas.
Constata que os seres restantes da evolução da família dos hominídeos foram apenas os humanos. Estes surgiram quando os ancestrais se separaram dos macacos, há cerca de 6 e 8


milhões de anos atrás. Apresenta ainda duas teorias conflitantes, a multirregional, que acredita que os humanos modernos evoluíram a partir do Homo erectus em várias partes diferentes do mundo. E a de que os humanos modernos evoluíram na África e depois migraram para outras partes do mundo, substituindo os hominídeos que já se encontravam ali.


O homem se desenvolve

Nota-se uma convergência entre o que os autores defendem, a evolução humana que se aproxima em certa fase dos macacos, principalmente dos chipanzés. David Burnie trata em seu livro apenas dessa evolução, de características trazidas com ela, Fritjof Capra vai além. Ele mostra essa teoria e as teses que a fundamentam e entende que esse é o ponto de início para se conquistar o desenvolvimento sustentável.

Apesar de se diferenciarem quanto a seus objetivos são matérias complementares. Enquanto

um busca relatar a evolução e apresentar tudo o que é sabido sobre ela o outro quer que haja uma consciência para utilizar esses conhecimentos na melhoria do ambiente em que vivemos.

sábado, 17 de maio de 2008

Reciclagem de resíduos de construção precisa se consolidar em todo o Brasil, diz especialista

Neide Campos

ambientebrasil.com.br

O crescimento das construções, além de afetar o meio ambiente por ser desordenado, também o agride por meio de seus resíduos.Apesar de existirem meios para realizar um tratamento adequado falta uma lei para fiscalizar e regularizar.

Há uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente para gerenciar esses resíduos, mas o que se tem ainda em pouco quando comparado à quantidade crescente do mesmo.Para solucionar esse problema o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo garante a reciclagem como melhor alternativa tanto ambiental quanto econômica. Se cada material for reciclado de forma correta poderá ser usado de outras maneiras gerando lucro e evitando a poluição.O IPT realiza trabalhos desde a implantação até a incorporação dos resíduos reciclados na construção.

Algumas empresas já estão aderindo à reciclagem, mas é necessário que todas que geram resíduos estejam incluídas nesse processo, pois só assim o benefício será completo e realmente fará diferença.


Reciclar: idéias e resíduos

Neide Campos denuncia, em sua reportagem ao site Ambiente Brasil, a falta de um maior desenvolvimento para o destino dos resíduos nas obras que são feitas.Além de relatar a falta de legislação aponta também um não interesse das empresas, um certo descaso em relação a isso, o que poderia ser transformado em lucro acaba virando um simples lixo que por sua vez prejudica o meio ambiente.

Ao se colocar numa postura que defende a reciclagem a autora mostra pesquisas desenvolvidas e não omite a integração de algumas empresas, mas aponta falhas e acredita que essa questão tem ser de maior aderência.

Dessa forma, sua matéria além de expor os acontecimentos tem caráter intimista ao enfocar as necessidades sociais e os lucros que as empresas podem ter com essa ação.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Ministério Público Federal quer construção de depósitos definitivos para rejeitos antes do licenciamento de Angra 3

Construção de Angra 3

Mônica Pinto
ambientebrasil.com.br

Ariane Alencar informou que será enviada ao Ibama uma recomendação para que não haja licenciamento até serem oferecidas melhores condições para amenizar o impacto ambiental.A procuradora lembra que Angra 1 e 2 até hoje geram rejeitos radioativos e que há uma lei desde 2001 que determina a construção de depósitos mas até hoje nada foi feito.
Essa preocupação é gerada, pois além das outras duas usinas continuarem sem caminhos para enviar o lixo, esse lixo pode ser um risco para essa e as próximas gerações.O Ibama em resposta fala que dessa vez levou uma equipe para avaliar e que tudo ocorreu bem.

Entre condições favoráveis e desfavoráveis algumas se destacam como:

  • A construção seria uma boa alternativa financeira para o país;
  • Não há grandes riscos, os dois maiores acidentes provocados por falha humana levaram ao desenvolvimento de novas medidas de segurança;
  • Seria um benefício ao meio ambiente, pois não há emissão de CO2 e não há produção dos causadores da chuva ácida, óxidos de nitrogênio e dióxido de enxofre.

Em contrapartida:

  • As construções de Angra I e II só geraram gastos;
  • Ainda não há planos para o descomissionamento das plantas nucleares nem dos resíduos nucleares;
  • A grande reserva de urânio não deve ser motivo determinante para a construção, pois esse seria o menor gasto do custo total dessa energia.




Construir ou não Angra 3

Em reportagem ao site Ambiente Brasil, Mônica Pinto revela a polêmica sobre a construção de um depósito para rejeitos da usina nuclear.Além de trazer informações quanto ao processo de construção apresenta no final uma lista de prós e contras para facilitar a formação da opinião do leitor.
Essa lista se mostra imparcial, trazendo a mesma quantidade de argumentos favoráveis e desfavoráveis, não deixando sobressair a opinião da autora em sua matéria.

Assim a matéria traz a informação e conta com trechos onde reproduz a fala de profissionais que trabalham contra e a favor dando maior credibilidade aos fatos, além de fazer uma pequena releitura de fatos do passado que influenciam nessa nova usina, a construção de outras duas, Angra I e II, que não geraram nada além de gastos.

Epidemia criminosa

AUTOR: RENATA CABRAL E RENATO GARCIA
REVISTA: ISTO É – 02/04/08

TEMA: Omissão de Ministro, Governador e Prefeito favorece a proliferação do mosquito e leva o Rio à pior onda de Dengue de sua história.

Muitos pontos são levantados para responsabilizar o que levou essa Epidemia de Dengue no Rio de Janeiro. Esculhambação, incompetência, falta de humanidade dos políticos, cortes em verbas destinadas para a prevenção, o combate à proliferação do mosquito AEDES AEGYTI, o transmissor do vírus da dengue, mais de 40% das residências não foram vistoriadas, em auditoria levantada pelo TCU (julho/2007), onde o tolerado seria 10% no máximo, com desculpas como o tráfico do Rio não deixou que estas vistorias fossem feitas.
Ocupantes de cargos políticos sempre passando a responsabilidade do erro para o gabinete alheio, desculpas foram dadas, hospitais da rede pública e particulares com total despreparo, até mesmo para fazer o diagnóstico, muitos falaram que se tratava de uma simples virose, alta taxa de mortalidade (16%), sendo que a Organização Mundial de Saúde, aponta para uma taxa que não deveria ultrapassar (1%) dos casos, nem a violência do Rio de Janeiro matou tanto como a dengue.
O caos levou a uma reação forjada, onde o Ministério da Saúde e as Secretarias do Estado e Município uniram em ações montando Gabinete de Crise, tendas para atendimentos, Forças Armadas integram na ajuda, liberação de verbas (R$3 milhões liberados pelo Ministério da Saúde), contratação de 660 profissionais de saúde, abertura de 119 leitos nos hospitais.
São medidas tomadas tarde demais, pois das 54 vítimas, 27 eram crianças com menos de 13 anos de idade. Todas as classes sociais estão com medo, precauções são tomadas, através de repelentes, calças compridas e meias, velas de citronela, janelas fechadas, repelentes elétricos, estão todos com sentimento de indignação, uma vergonha um país como o Brasil, ainda ter que conviver com questões de Saúde Pública tão primária como a dengue, irresponsabilidade dos Poderes em suas três esferas, principalmente com as crianças.
O TCU em novembro de 2007 mostrou que outros municípios do país enfrentarão a mesma situação deste descaso visto no Rio de Janeiro.

A dengue e o caos

Analisando a reportagem “Epidemia criminosa” de Renata Cabral e Renato Garcia à revista ISTO É em 02/04/08, fica claro o descaso com as questões de saúde pública por nossos políticos, que são eleitos pela população, para defenderem nossos interesses, nossos direitos, zelar pelo bem-estar da população, faltando uma política que possa atender a comunidade em questões primárias, e de essencial caráter para nossa sobrevivência.
Podemos notar nesta reportagem vários posicionamentos dos repórteres, como: foram críticos em relação a essa epidemia de dengue no Rio de Janeiro, não omitiram informações, não usaram de contemplação com as autoridades que deveriam antes do acontecido, fazer campanhas de prevenção, investir para combater. Podemos falar que eles foram imparciais, pois como foi dito antes, não encobertaram o descaso do Ministro da Saúde, dos Secretários de Saúde do Estado e do Município, do Prefeito e o Governador. Deixaram bem claro que a situação envolveu todas a camadas sociais, ricos e pobres com o mesmo pavor, portanto não foram preconceituosos, no decorrer da reportagem percebemos a maneira esclarecedora com que definiram os pontos característicos, deficitários nesta onda de dengue no Rio de Janeiro, não foram ousados, nem tão pouco conservadores.

Para recifenses atendimento é mais importante

Levantamento realizado pela TNS InterScience traça a percepção do consumidor sobre as empresas que mais o respeitam

Informações para imprensa: Tatiana Ferrador e Polyanna Rocha
http://vounessa.terra.com.br/noticias/mostraNoticia.asp?idNoticia=12145

A presente matéria apresenta uma avaliação das empresas que mais respeitam o consumidor avaliados anualmente. Comenta a pesquisa realizada em 2007 nas principais capitais brasileiras. A metodologia constou de entrevista espontânea realizada em 1250 consumidores homens e mulheres com mais de 18 anos, das classes sociais A, B, C e D. Como conclusões destaca-se que “Para o consumidor, responsabilidade social é o mínimo que a empresa tem que ter”. Na pesquisa realizada em 2006 o que aparecia como diferencial era preço e qualidade, que hoje são considerados básicos. Hoje, o que agrega valor é responsabilidade social e ambiental, e propaganda, enquanto a qualidade dos produtos e serviços, atendimento e preço competitivo são o mínimo, que a empresa tem que oferecer. A responsabilidade ambiental foi indicada por 43%
dos entrevistados como agregação de valor de produtos e serviços comercializados

Um novo perfil de consumidor: "responsabilidade ambiental"

A matéria é apenas informativa do perfil do consumidor de Recife. Não ocorre discussão quanto às implicações de uma opção mais ou menos engajada quanto à responsabilidade ambiental. A matéria deixa claro que nesse modelo claramente capitalista o que está sendo objetivado é o mercado consumidor. A oscilação de opiniões dos entrevistados entre os últimos anos quanto a que fator é apontado como “básico e imprescindível” ou “diferencial” ou “agregador de valor” não passa por análise crítica e aponta apenas como indicativo para as empresas. A matéria serve, presumivelmente, de indicadora para geração de produtos e serviços por quaisquer empresas que o queiram. Dessa forma constata-se que “Responsabilidade Ambiental” pode ser encarada como item de agregação de valor para comercialização de produtos e serviços e não como item a ser encarado como ética e, atualmente, como item de sobrevivência da espécie humana.

Quem está matando a floresta

Por Alan Rodrigues e Cláudio Gatti

Revista: ISTOÉ de 05 de março de 2008


No Estado do Pará a Amazônia está cada vez mais desmatada. Uma grande parte do que antes era selva, hoje está sendo ocupada por milhões de cabeças de gado. Existe uma relação entre miséria, ambição e descaso dos governos. O que está levando a floresta a diminuir a cada ano. Atualmente medidas eficazes ou não vêm sendo tomadas por parte do governo. O que não impede o surgimento de um novo perfil de explorador, os chamados, “sem tora”, que são beneficiados pelas serrarias clandestinas. Sem vigilância efetiva, a quadrilha se instala para devastar a floresta e depois vai embora. Por falta de um gerenciamento político e econômico que interfiram diretamente nos fluxos migratórios e no tipo de ocupação da região, famílias inteiras vivem do desmatamento e o fechamento das madeireiras tiram o seu sustento, gerando miséria e violência.Madeireiros justificam a prática ilegal de desmatamento pela burocracia imposta pelas leis do Meio Ambiente. Eles argumentam que a autorização para o desmatamento por parte do governo fica aquém da demanda de mercado, inclusive exterior.
Em ação, a Polícia Federal e a Força Nacional de Segurança, apreenderam grande quantidade de madeiras em cidade do Pará. Este Estado se tornou um dos mais conflituosos do país, onde os assassinatos são constantes. Famílias são ameaçadas e abandonam seus lares, por temor a violência e fuga do trabalho escravo a que são submetidas na região do garimpo. Conflitos envolvem famílias inteiras, por não possuírem documentos legais de suas propriedades. Por ausência do governo, grileiros são atraídos pelas terras desocupadas e ameaçam os moradores com falsos documentos.
A solução para o problema do Pará pode vir de um governo atuante, que leve educação para região e implementação de um plano de gestão territorial para prevenir o desperdício dos recursos naturais, pelo desmatamento.


Conflitos na Amazônia

Em matéria a revista Istoé em 5 de março de 2008, Alan Rodrigues e Cláudio Gatti, autores da reportagem “Quem está matando a floresta”, criticam a falta de ação por parte dos governos no Estado do Pará.
Apesar do assunto em questão ser de extrema importância para alertar a população da negligência por parte das autoridades competentes o autor se mostra detalhista demais, fazendo rodeios para tratar de um assunto que é claro e objetivo, o que faz com que por vezes o leitor se perca em meio a tantos dados. Dados estes que dariam mais veracidade a reportagem e que acabam desviando o assunto principal, sendo pouco elucidativo.
O texto apresenta convergência, pois este tema tem sido muito comentado em todos os segmentos (jornais, revistas, telejornais e escolas).
É um tema pertinente à Administração, uma vez que é um assunto com tendência mundial e que envolve não só os governantes, mais empresas e consumidores e/ou serviços. A nova ordem econômica mundial exige dos administradores o conhecimento desta realidade e o mercado consumidor, principalmente dos países desenvolvidos, têm se tornado cada vez mais exigente quanto à responsabilidade das empresas se posicionarem eticamente no mercado. Tornando-se imprescindível abordar os aspectos ambientais no processo decisório, pois o mercado consumidor internacional tem se mostrado consciente de que as empresas que agridem o meio ambiente direta ou indiretamente violam legislações, princípios éticos e morais, pois além de contribuírem para a degradação ambiental, prejudicam o futuro do planeta, e de suas próprias fontes de recursos. Ainda que o administrador não tenha esta preocupação de promover desenvolvimento social e sim, puramente crescimento econômico, devendo pautar-se para a sua reserva de recursos naturais, recursos hídricos, enfim, seus recursos ambientais, pois o futuro de sua empresa depende diretamente da qualidade de vida do mercado consumidor.