Capra, Fritjof. Conexões Ocultas – Berkeley: Editora Cultrix, 2002.
Resenha do capítulo 6 e 7 (p. 154 a 256)
O atual modelo capitalista procurou transformar a diversidade em monocultura, a ecologia em engenharia e a própria vida numa mercadoria. Apesar de todos os esforços que vêm sendo feitos para assegurar uma melhoria ambiental, o que se perdeu não foi totalmente recuperado. Essa perda reduziu a biodiversidade no planeta e prejudicamos “ações naturais” como o processamento de resíduos, a regulação do clima e a regeneração da atmosfera que estão sendo postos em risco pela nossa busca de crescimento econômico e consumo material.
Essa forma de capitalismo global é insustentável e gera um círculo de degradação dos ecossistemas que não pode ser resolvido apenas com uma legislação mais rigorosa, uma atividade empresarial mais ética, uma tecnologia mais eficiente. Apesar de necessário, precisamos também de uma mudança mais profunda, mudar o princípio básico do capitalismo selvagem, aquele que passa por cima de tudo para garantir o lucro. Essa mudança já tem soluções técnicas e conceituais, falta valores e vontade política para que enfim possamos “virar o jogo”.
Matéria:
Elas têm a sustentabilidade no DNA
Por Juliana Lopes, da Revista Idéia Socioambiental http://www.biotecnologia.com.br/bionoticias/noticia.asp?id=3950
Resumo
Com a grande ‘explosão’ da sustentabilidade, estar por dentro desse assunto pode gerar vantagens, mas por ser uma atitude ainda pioneira é necessário pagar um preço. Segundo pesquisa encomendada pelo Sebrae à consultoria Schneider & Associados ocomércio justo cresce 20% ao ano, que é apenas um das possibilidades dentro dessa área.
Não se pode deixar de integrar os produtos e serviços com a estratégia da empresa, visando os consumidores que estão cada vez mais conscientes e com capacidade de diferenciar contribuição ambiental de mera propaganda. Ainda assim são muitas as vantagens que se pode obter, como melhor acesso a mercados mais seletivos e rigorosos, obtenção de um produto ou serviço com maior valor agregado e redução de gastos com multas, conflitos legais e descarte de resíduos.
Sustentabilidade com lucro
Os dois textos apresentam o valor da sustentabilidade de ângulos diferentes, mas complementares. Enquanto o primeiro preocupa-se com o ambiente e com todas as perdas que podemos ter em decorrência do mau uso de recursos naturais por causa da busca pelo lucro, o segundo aponta formas de se obter mais lucro seguindo formas ‘sadias’ em acordo com o que se busca com a sustentabilidade.
O equilíbrio entre os dois seria uma maneira duplamente benéfica para se resolver problemas ambientais e econômicos, sem que houvesse atitudes radicais ou prejudiciais para algum dos interessados. Seria talvez um novo modelo de capitalismo sustentável, se é que isso é possível.
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